Em 1984, Charles Hull fez a primeira impressora 3D, que, em vez de tinta no papel, constrói objetos camada a camada. Mas foi nos últimos anos que ela evoluiu e barateou. E a revolução começou.
De fato apenas estamos começando o processos de imprimir diferentes objetos, mas diferentes necessidades e curiosidades tem sido utilizadas em escala ou para fins completamente diferentes.
Veja algumas:
Imprima carros
Apresentador do programa de televisão americano The Tonight Show, Jay Leno é fã de carros antigos. Em sua garagem, são mais de cem. Mas o hobby tinha um empecilho: peças antigas são raras, quando não inexistentes. Então, Leno resolveu imprimir partes de seu Stanley Steamer 1909, um calhambeque movido a vapor. Isso aí, imprimir. Ressuscitou o carro com uma impressora 3D. Não à toa, o setor automotivo é dos que mais investem na tecnologia, diz Luiz Fernando Dompieri, diretor-geral da fabricante de protótipos 3D Robtec. E as impressoras não vão só dar vida a clássicos, como um Jurassic Park automobilístico. Em 2011, o Urbee foi lançado como o “primeiro automóvel impresso em 3D” – embora só a carroceria tenha sido feita assim. É o mesmo caso do Areion, carro de corrida feito por um grupo de estudantes de engenharia belgas. Ele tem velocidade máxima de 140 km/h. Nada mal. “Tentaremos fazer um carro por ano, mas não há planos para uma escala industrial”, diz Joris Aerts, chefe da Formula Group T, a equipe do Areion, que corre em competições universitárias. – Já há outros carros de corrida 3D. Mas imprimir um é caro. O Areion custou $100 mil.
Imprima casas
Quando era pequeno, assim como tantas outras crianças de tantas gerações, o italiano Enrico Dini construía castelos de areia. Em 2007, já adulto, criou uma megaimpressora 3D que usa areia e uma cola à base de magnésio para fazer casas. Não há nada de concreto, aço ou metal na obra. A D-Shape monta estruturas de até 6 metros por 6 metros, e a construção demora até quatro vezes menos tempo do que pelo método tradicional. No futuro, Dini pretende construir abrigos para sobreviventes de catástrofes e casas populares para população de baixa renda. Mas sua pretensão vai muito mais longe. Ele quer fazer casas na Lua e ajudar a concluir as obras da basílica da Sagrada Família, em Barcelona. – O molde é pequeno e Dini luta por uma escala industrial. “Só imprimi uma casa, mas foi a primeira da história”, diz.
Imprima braços mágicos (!)
Com dois meses de vida, Emma LaVelle foi diagnosticada como portadora de artrogripose múltipla congênita, síndrome que provoca a atrofia das articulações e compromete os movimentos. Em outras palavras, ela não conseguia levantar os braços. Paciente do hospital pediátrico Alfred I. duPont, em Wilmington, Estados Unidos, ela tinha de usar uma pesada armadura que a obrigava a andar como um androide. Foi então que dois pesquisadores do hospital, Whitney Sample e Tariq Rahman, desenvolveram o Wrex. Trata-se de um exoesqueleto robótico customizado, feito de plástico. Um “braço mágico”, como a própria Emma chama. Mais simples, mais barato. Quando ela, hoje com dois anos, cresce ou quebra alguma peça, é só imprimir uma nova. “Hoje em dia, tudo o que você imaginar pode ser impresso em 3D. No campo das próteses ortopédicas, então, as possibilidades são infinitas”, diz Sample. – O Wrex é de plástico, enquanto próteses assim costumam ser de metal – mais caro e menos prático. Outras crianças do hospital já usam o exoesqueleto, com sucesso.
Imprima próteses
A equipe médica da Universidade Biomédica de Hasselt, Bélgica, implantou uma mandíbula artificial em uma paciente de 83 anos. Ela voltou a respirar, falar e mastigar apenas um dia depois do implante. Feita sob medida, a mandíbula de titânio pesa 107 gramas (37 gramas a mais que a natural). “Em uma reconstrução normal, ela ficaria internada por dez dias, pois é mais complexo. Com o 3D, deixou o hospital em três”, diz Jules Poukens, chefe do time. Além disso, o risco de rejeição é quase nulo. “O titânio tem boa biocompatibilidade. É o material geralmente usado em implantes de quadril”, explica. A mandíbula artificial está orçada em quase R$ 24 mil na Bélgica. – Estima-se que esse implante custaria R$ 150 mil no Brasil.
Imprima ossos
Se depender da química Susmita Bose, da Universidade Estadual de Washington, nos EUA, a bota de gesso, que já foi muito popular entre esportistas mirins, vai virar peça de museu. Dentro de dez anos, um osso artificial sob medida segurará as pontas enquanto o natural se recupera da fratura. A técnica já foi testada em ratos e coelhos e os resultados foram promissores. A princípio, Bose usou fosfato de cálcio, mas logo reforçou o material com silício e zinco, o que duplicou a resistência do osso de laboratório. Mas como isso vai funcionar na prática? Quando a pessoa der entrada no hospital, o médico providenciará uma tomografia da área lesionada, criará um arquivo com o molde a ser impresso e, em seguida, imprimirá um osso provisório. Quando ele for colocado junto com o osso natural, a tendência é que o artificial funcione como uma prótese, o que ajuda o osso original a se recuperar. “O osso biológico tende a funcionar melhor em áreas do corpo humano que suportam pouca carga”, explica Bose. Quando o osso biológico se recuperar da lesão, o indivíduo não vai precisar mais voltar ao ortopedista para tirar o gesso. O osso artificial vai se dissolver sozinho, sem deixar vestígios ou provocar danos ao organismo. – Tratamento de osteoporose e implantes dentários, além de fraturas ósseas, poderão ser beneficiados com os ossos químicos de Bose.
Fonte: Super Interessante
Boa Tarde, vcs vendem impressoras 3D?
SDS.
Olá amigo teu comentário acabou de notificar para nós, no entanto aparece no dia 08/05. Bom pedimos desculpa. No momento indicamos a TECMASUL de POA nossos parceiros de confiança que comercializam impressoras 3D.